Jackson vai a Lagarto e sobe em palanque contrário ao de Déda
Aproveitando a ausência em Sergipe do governador Marcelo Déda (PT), que está em São Paulo para tratamento de um câncer, o governador em exercício, que passou praticamente toda a campanha em Lagarto sem aparecer a nenhum ato do candidato a prefeito Lila Fraga (PSDB), resolveu participar do comício do tucano, realizado na noite de ontem (3).
Jackson Barreto (PMDB) declarou publicamente seu apoio a Lila, que tem em seu palanque adversários históricos do agrupamento governista, a exemplo do ex-governador João Alves Filho (DEM), do seu companheiro de chapa em Aracaju, José Carlos Machado (PSDB), além de Goretti Reis (da bancada de oposição na Assembleia Legislativa) e de Jerônimo Reis (DEM), deputado federal cassado no final de 2010.
O governador em exercício foi incisivo nas críticas ao atual prefeito, Valmir Monteiro (PSC), que no final de semana retrasado foi elogiado por Déda durante comício no povoado Jenipapo, e reforçou que para Lagarto é importante eleger o candidato da oposição. Em alguns pontos do seu discurso, o peemedebista chegou a desmentir falas do governador no palanque do prefeito.
Ao se referir à rodovia do Araçá, no Jenipapo, Jackson disse que quem pediu a Marcelo Déda que fizesse a obra foi ele, que na época ainda era deputado federal. Já no comício de Valmir, o próprio governador contou que foi o prefeito Valmir, junto com o vereador Xexéu e alguns populares, estiveram pessoalmente com ele reivindicando o asfalto.
Outra parte em seu discurso que chamou a atenção foi quando Jackson deu a impressão de que já seria governador de Sergipe. “Quero dizer, Lila que quando você for ao Palácio do Governo será bem recebido por mim”, enfatizou.
A ida de Jackson causou um mal estar dentro do bloco governista. Segundo informações nos bastidores, o presidente estadual do PMDB já havia se comprometido com Déda que não iria a Lagarto, uma vez que Lila conta, no seu palanque, com um adversário histórico do grupo e que, em Aracaju, está perto de tirar a hegemonia de 12 anos do bloco governista.
Agencia Empauta
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